Multi-toque também é possível em ecrãs resistivos

por Pedro Ivo Faria, sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2009

O sucesso do iPhone e da sua tecnologia multi-toque não pode ser considerado como um feito da Apple apenas, mas antes o resultado da feliz união de diversas tecnologias emergentes.
Para começar não basta ter software preparado para lidar com mais do que um toque no ecrã em simultâneo. Para conseguir integrar essa funcionalidade no iPhone a Apple necessitou do auxílio do produtor de ecrãs tácteis já que aqueles que são montados hoje em dia em terminais Windows Mobile não servem para esse efeito.

Em vez de um ecrã resistivo, onde a pressão exercida sobre o ecrã faz com que as duas camadas principais do ecrã se toquem, a Apple optou por um ecrã capacitivo onde o funcionamento é bem diferente.
Neste último caso é a corrente eléctrica existente no corpo humano que funciona como actuador de toque sendo possível detectar diversos pontos numa só superfície desde que estes tenham como origem a ponta dos dedos.
Se de um lado temos um ecrã barato e fácil de aplicar, do outro há uma solução multi-toque masque não funciona quando se recorre a um stylus para obter uma maior precisão.

Brevemente os fabricantes deixarão de ter que optar entre preço e funcionalidade já que a Stantum tem quase pronta uma tecnologia multi-toque baseada em ecrãs resistivos.
Na base da tecnologia PMatrix Multi-touch está uma grelha (matrix) inserida entre as duas camadas do ecrã que permite ter um melhor controlo sobre as áreas premidas e os algoritmos integrados num novo controlador de ecrã que eliminam o ruído e determinam com exactidão as áreas premidas.
O controlador cria então uma lista com as posições dos diversos cursores (pontos de pressão) e comunica-as à aplicação ou sistema operativo em modo contínuo e em tempo real.

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