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MWC: Microsoft apresenta Windows Mobile 6.5

por  Pedro Ivo Faria, quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009


À segunda foi de vez! Depois de ter gorado todas as expectativas de quem se deslocou a Barcelona no ano passado, a Microsoft apresentou oficialmente a nova versão intermédia do Windows Mobile.
A meio caminho da versão 7, que promete uma renovação de alto a baixo, o Windows Mobile 6.5 avança já com alguns elementos gráficos da futura geração na tentativa de reduzir a distância que o separa das restantes plataformas em termos de usabilidade e facilidade de utilização.

Há um ecrã Hoje totalmente novo, um menu iniciar ‘fresquinho’ e um sem número de pequenas melhorias gráficas que tornam esta versão mais finger friendly, apesar de não chegar tão longe como certas interface criadas por fabricantes e operadoras móveis.
Um das mudanças mais radicais foi … no nome. Tal como aconteceu com a plataforma PocketPC, o Windows Mobile retira-se para dar espaço para o aparecimento do Windows Phone que continua a dividir-se entre a categoria Professional (para equipamentos com ecrã táctil) e Standard. O sistema operativo mantém o nome – Windows Mobile – mas os terminais passam a adoptar a nova designação.


Ecrã de bloqueio


Até esta versão, e desde que foi introduzido, o ecrã de bloqueio não passava de um ecrã Hoje que não respondia aos toques. O argumento para esta opção era (e continua a ser) válido: não é necessário desbloquear o terminal para saber se recebeu mensagens, o que vai fazer a seguir ou se há chamadas perdidas.
Horas, potência de sinal e carga de bateria complementam a informação disponível, que agora é apresentada de uma forma totalmente diferente mas igualmente eficaz.



Pequenos ícones substituíram os longos textos e encontram-se acompanhados de um contador nos casos em isso for relevante. Este contador indica o número de chamadas perdidas, mensagens recebidas ou compromissos para as próximas horas.
O fazer deslizar o dedo sobre um destes ícones não só irá desbloquear o terminal mas também lançar a aplicação que está a ele associada. Num só gesto condensam-se três ou quatro cliques.

Ecrã Hoje


Os rumores que apontavam para interface do Zune vir a substituir o ecrã Hoje vigente não eram de todo infundados mas há também influências do Windows mobile for Smartphones.



Este ecrã é agora estático, uma vez que os elementos deixam de poder ser movidos mas é sempre possível acrescentar novos que serão actualizados de uma forma automática. Caso disponha de um painel de meteorologia, por exemplo, este irá obter informação sempre que for necessário para que esta não fique desactualizada e o posso induzir em erro.

Menu de Programas


Este é outro ponto que foi totalmente refeito e está diferente de tudo o que foi visto até hoje. Os programas e utilitários estão agora organizados em elementos hexagonais que promovem uma espécie de continuidade ao encaixarem uns nos outros.
Este tipo de lista dispensa as tradicionais scrollbars já que os próprios elementos servem para indicar se nos encontramos no topo, no fundo ou a meio da lista (basta que haja um elemento incompleto/cortado para sabermos que podemos movermo-nos nessa direcção).



A nova Interface não se aplica apenas à primeira camada mas sim a toda a estrutura de menus, ou seja, caso ‘entre’ nas Definições continuará a usar a mesma Interface que passa a contar com um botão extra: Recuar.
Os elementos e os menus contextuais foram desenhados de forma a que seja muito fácil seleccioná-los com a ponta dos dedos sem causar grandes erros.


Contactos


Nos módulos ‘internos’ as alterações são também bem perceptíveis tanto na própria interface como no modo de utilização e navegação.
A maioria dos elementos do ecrã, e isto não se aplica apenas ao módulo de Contactos, foi redimensionado para que não seja difícil usá-lo quando se recorre apenas à ponta dos dedos.



Tanto a lista de Contactos como a própria Ficha de Contacto albergam agora menos informação, consequência directa da necessidade de fazer ‘crescer’ os diversos elementos.


Mensagens


As alterações na interface introduzidas, por exemplo, nos Contactos chegaram também ao módulo de mensagens, mas aqui o que merece mais relevo foi a automatização dos processos.



Agora ao escolher um endereços de e-mail é aberta de imediato a aplicação associada para que comece logo a escrever a mensagem sem ter que percorrer um longo caminho de menus, sub-menus e ecrãs intermédios para chegar a um ponto que era óbvio logo desde o início.
A maior penalização vai para a informação a apresentar na lista de mensagens, que foi reduzida ao mínimo uma vez que o espaço não abunda quando se recorre a elementos tão grandes.
O tamanho da letra não é uniforme ao longo dos diversos módulos, muito por culpa da necessidade de inserir mais informação no mesmo espaço, o que pode não agradar a muitos utilizadores que prefeririam uma ideia de continuidade.


Menus, notificações e Teclado virtual


Escondidas estão outras alterações que não detectadas de imediato quando se usa o Windows Mobile 6.5. Tanto os menus associados à SoftKeys como os contextuais são agora bem maiores para que não sejam impossíveis de usar com os dedos como acontece com o Windows Mobile 6.1.
A desvantagem é que passaram a ocupar quase todo o ecrã não deixando ver o que se encontra sob eles, o que em algumas circunstâncias poderá representar, por exemplo, apagar-se o elemento errado.



As notificações estão mais arredondadas, a sombra dá a ideia que se destacam do que se encontra no ecrã, mas continuam a ser difíceis de usar com os dedos quando contêm outros elementos no seu interior.

Já o teclado virtual deixou de ser minúsculo e imprestável para se aproximar do que a HTC e outras marcas vem oferecendo nas suas Interfaces personalizadas.
Mais uma vez não há bela sem senão e a falta de espaço volta a ser o factor chave tanto mais que a própria Microsoft recomenda, nas suas especificações para aplicações compatíveis com o Windows Mobile, que estas se redimensionem automaticamente quando o teclado é aberto. Nesta circunstância o espaço disponível passa a ser diminuto (nos ecrãs QVGA) o que vai obrigar os utilizadores (e programadores) a habituarem-se às barras de scroll laterais mesmo em locais onde até agora não existiam.
Como se o problema não fosse já complicado de contornar, as próprias barras de também consomem espaço e serão responsáveis por diminuir ainda mais o pouco espaço existente.


(Mobile) Internet Explorer 6


O browser Internet do Windows Mobile continua a ser ‘o elo mais fraco’ do sistema operativo não faltando quem condene a Microsoft por incluir um produto obsoleto e incapaz de lidar com as maioria das tecnologias utilizadas actualmente na criação de conteúdos e sites Web.
Há de facto bastantes melhorias, algumas delas já conhecidas, mas no seu essencial o browser continua diversos furos abaixo do que a concorrência está a oferecer.



Ao optar desenvolver o seu próprio motor de rendering em vez de utilizar soluções testadas e optimizadas como o WebKit, tal como fez a concorrência, a Microsoft penalizou a plataforma enquanto base de navegação na Internet.
É certo que a Apple também tem os seus problemas, como a inexistência de suporte para conteúdos Flash, mas estes afectam apenas uma vertente e não são uma questão generalidade.

O Internet Explorer 6 suporta zooming dinâmico, algumas das tecnologias mais recentes (de forma limitada), botões flutuantes que não reduzem a área disponível mas no global é bastante inferior ao Opera Mobile ou ao Skyfire.


My Phone


As razões que levaram a Microsoft a adquirir a empresa nacional Mobicomp ficaram bem claras com a apresentação do My Phone, a solução com que a empresa americana pretende combater serviços como o MobileMe da Apple, o Ovi Contacts da Nokia ou soluções independentes como o Dashwire ou o Zyb da Vodafone.
Numa época em que a ‘núvem’ (leia-se Internet enquanto espaço de armazenamento) vem ganhando cada vez mais importância, centralizar as cópias de segurança nos computadores pessoais domésticos ou empresariais coloca sérios problemas de acessibilidade quando é necessário recuperá-los.



A evolução do MobileKeeper da Mobicomp não se destina exclusivamente aos terminais Windows Mobile embora nesta fase de arranque apenas exista suporte para os dispositivos WM 6 e posteriores. Este serviço permite sincronizar com um conta alojada num servidor da Microsoft os seus contactos, compromissos,


Conclusão


É impossível ignorar as melhorias implementadas na interface mas estas ainda não se encontram à altura de algumas das propostas desenvolvidas por terceiros ou não oferece aquela extra que justifique a mudança.
É que esta mudança terá um preço alto para os utilizadores experimentados que irão perder parte do controlo que dispõe sobre o Windows Mobile uma vez este seja menos flexível e mais restritivo.

Mas como sempre acontece quando uma nova versão do sistema operativo Windows Mobile é apresentada, a maioria dos utilizadores já só pensa numa coisa: ‘será que vão lançar uma actualização para o meu terminal ?’.
A resposta não é totalmente clara, pelo menos no que se refere aos dispositivos que já entraram no circuito comercial. A generalidade das marcas não se fez rogada ao afirmar que todos os dispositivos novos apresentados irão contar com actualização para o Windows Mobile 6.5, mesmo aqueles que venham a ser lançados ‘apenas’ com a versão actual.

A falta de uma postura clara irá penalizar os terminais actuais já que ninguém minimamente informado irá optar por adquirir um dispositivo Windows Mobile nesta altura sem ter a certeza de que poderá actualizá-lo dentro de alguns meses. Para aqueles que não têm forçosamente que trocar de equipamento a melhor solução será mesmo esperar pela chegada dos terminais que foram agora apresentados.

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