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G-Day, o primeiro terminal Android foi apresentado publicamente

por  Pedro Ivo Faria, terça-feira, 23 de Setembro de 2008


Depois de quase um ano de espera, o primeiro terminal equipado com o sistema operativo móvel concebido por Andy Rubin da Google e promovido pela Open Handset Alliance foi finalmente apresentado.
Ao longo de período que mediou a apresentação do Android e do primeiro terminal nele baseado, houve um concurso de software e muita especulação acerca das verdadeiras capacidades do sistema operativo.


Hardware


O T-Mobile G1 apresentado em Nova Iorque é um terminal desenvolvido pela HTC e pela Google ao longo de três intermináveis anos e que explora de uma forma convincente as capacidades do sistema operativo.
Tecnicamente este terminal pouco difere das mais recentes propostas da HTC no segmento Windows Mobile: é possível encontrar um core da Qualcomm que assegura das telecomunicações, o processador de aplicações e o receptor A-GPS



Outra das infelizes características que tem autoria na HTC é a ausência de uma tomada de auscultadores, tendo a marca chinesa voltado a optar pela porta miniUSB multi-função já vista no P3600, por exemplo.
Carregamento, sincronização e áudio congregadas numa única porta é pouco prático e voltou a ser alvo de criticas de quem já teve oportunidade de experimentar o dispositivo.

O grande factor de diferenciação é o ecrã HVGA de 3.2 polegadas deslizante que deixa exposto um teclado QWERTY quando se encontra subido. Esta abordagem já tinha sido aplicada pelo ‘pai’ do Android no Danger Hiptop (T-Mobile Sidekick) e rapidamente conquistou inúmeros adeptos, em especial entre o público mais jovem.
Já habituais nas produções da HTC são também os 256 Mbytes de ROM e os 192 Mbytes de RAM, o suporte para redes 3G/3G+ (até 7.2 Mbps), conectividade Bluetooth e WiFi e a câmara fotográfica de 3 MPixels (sem Flash).

O receptor A-GPS é complementado com um bússola digital, tal como acontece com o Nokia 6210 Navigator, o que permite ao terminal ‘saber’ em que direcção o utilizador está virado mesmo quando está imóvel (o GPS determina a direcção recolhendo pontos consecutivos, sendo incapaz de o fazer quando o utilizador está parado ou a rodar sobre si mesmo).
Quem beneficia desta tecnologia é o Google Street View que permite ao utilizador rodar sobre si mesmo à medida que vai vendo imagens reais recolhidas no local que está a consultar.


Software


O Android foi concebido para ser utilizado em terminais equipados com ecrãs tácteis, sem eles, com teclados numéricos ou QWERTY, adaptando-se ao hardware em que for aplicado.
O desktop é composto por três painéis, cada um deles ocupando toda a largura do ecrã, que podem ser ‘arrastados’ para a esquerda ou para a direita possibilitando dar ao dispositivos três personalidades distintas (apesar da imagem de fundo ser sempre a mesma).



Neste ponto do sistema operativo estão ancorados diversos widgets que dão acesso a funcionalidades bem diversas, como a apresentação das fotos quando o terminal está inactivo, um relógio analógico, etc.
Este ecrã pode ser evocado a partir de qualquer ponto executando um movimento na diagonal sobre o ecrã do terminal.

Tal como o Windows Mobile, o Android aceita ‘toques longos’ para evocar os menus contextuais, funcionalidade essa que se encontra aplicada em todo o sistema operativo. Quando não existir um menu contextual associado com o elemento premido, é apresentado o menu de personalização da aplicação / sistema operativo.


Serviços


Para contrariar a proposta de distribuição de conteúdos áudio e vídeo do Apple iTunes, a Open Handset Alliance estabeleceu um acordo com a Amazon que servirá de loja online para esse tipo de serviço.
Os utilizadores poderão pesquisar, comprar, descarregar e reproduzir as músicas distribuídas pela Amazon directamente no seu terminal, sendo que os conteúdos comprados não irão dispor de protecção anti-cópia (DRM).

Tal como o modelo da Apple também os que forem baseados no Android irão contar com um repositório de aplicações embora a forma como será gerido é bastante diferente.
Para começar não existe a obrigatoriedade de descarregar as aplicações do Android Market. Qualquer website que as queira oferecer servirá de base para a sua instalação.
Depois há a forma como o repositório é gerido. Não há restrições, imposições ou recusas na publicação das aplicações já que a Google não irá ter qualquer tipo de interferência neste aspecto.

Caberá à própria comunidade gerir a popularidade das aplicações, premiando as mais úteis e funcionais, num esquema similar ao implementado para a classificação dos vídeo do YouTube.





As críticas


Entre as criticas apontadas ao terminal, e para além da já referida porta miniUSB três-em-um, há ainda a referir a falta de suporte para distribuição de áudio estereofónico via Bluetooth (ausência de suporte para o perfil A2DP), a falta de suporte para soluções de EMail empresarial já que só são admitidas contas GMail, a sincronização com os serviços da própria Google, ficando o Microsoft Outlook de fora, e a ausência de aplicações de VoIP ou um simples reprodutor de vídeo.
Este último pode ser descarregado do Android Market, onde já existem diversas soluções, mas não deixa de ser uma ausência de vulto na plataforma base.


Disponibilidade


Se os Estados Unidos irão receber o T-Mobile G1 já a partir do dia 22 de Outubro (pelo menos os clientes da operadora que fizerem a pré-reserva nos próximos 15 dias), a Europa terá que esperar um pouco mais.
À Grã-Bretanha deverá chegar ainda durante o mês de Novembro, alargando-se posteriormente (já em 2009) aos restantes países onde a operadora está presente: Holanda, Alemanha, República Checa e Áustria.

Estão previstas três cores para o T-Mobile G1 - Negro, Branco e Castanho – com o preço a situar-se nos $179 para quem o encomendar na primeira fase, podendo atingir os $399 posteriormente nas versões sem contrato de fidelização.
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