Fotografia Ilustração da UBI e Região da Covilhã
Acessos Rápidos HomeContactosMapa do SiteLista TelefónicaPortuguêsEnglishRSS
Skip Navigation LinksUBI » A Universidade » História

História


Os primeiros passos a caminho do que hoje é a Universidade da Beira Interior foram dados na década de 70, quando nasceu o Instituto Politécnico da Covilhã, em 1973. A cidade, outrora considerada 'Manchester portuguesa', pela longa tradição da sua indústria de lanifícios e pela dinâmica e qualidade da sua produção têxtil, havia sido atingida, nessa década, por uma crise ao nível da indústria: grandes e pequenas fábricas começam a revelar debilidades graves que levariam ao seu encerramento, com consequências sociais e económicas desastrosas para a região.

Foi neste panorama, e no âmbito das actividades do grupo de trabalho para o Planeamento Regional da Cova da Beira, que surgiu a ideia de criar na região uma instituição de ensino superior, de forma a facultar aos seus naturais a possibilidade de prosseguirem os estudos pós-secundários sem que, para isso, tivessem de se deslocar para outros pontos do País, a maioria das vezes a título definitivo. Assim, na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 402/73, de 11 de Agosto, no quadro da chamada 'Reforma Veiga Simão', que deu lugar à expansão e diversificação do Ensino Superior, foi criado o Instituto Politécnico da Covilhã (IPC), que recebeu em 1975 os seus primeiros 143 alunos, nos cursos de Engenharia Têxtil e Administração e Contabilidade. Em Julho de 1979, seis anos passados, a instituição converte-se em Instituto Universitário da Beira Interior, através da publicação da Lei nº 44/79, de 11 de Setembro, que a tornaria efectiva.

A conversão do Instituto Universitário em Universidade da Beira Interior veio a acontecer em 1986, através da publicação do Decreto-Lei 76-B/86, de 30 de Abril. O primeiro Reitor da Instituição foi o Prof. Doutor Cândido Manuel Passos Morgado, que se manteria no cargo entre 21 de Agosto de 1980 e 19 de Janeiro de 1996, data em que toma posse o Prof. Doutor Manuel José dos Santos Silva que se mantém até hoje em funções.

Antigas fábricas reconvertidas em instalações de ensino

Uma das características físicas mais interessantes da UBI resulta da recuperação de antigos edifícios, de elevado valor histórico, cultural e arquitectónico. Ao mesmo tempo que se preservam marcos históricos da cidade, estes são revitalizados em espaços agora vocacionados para o ensino e a investigação. Já a edificação do Instituto Politécnico havia começado através da recuperação das anteriores instalações do quartel do Batalhão de Caçadores 2, instalado na pombalina Real Fábrica dos Panos, de importante valor arquitectónico, localizada num dos núcleos tradicionais de concentração fabril na Covilhã, junto à Ribeira da Degoldra. Durante as obras de reconversão, em 1975, foram descobertas, soterradas, estruturas arqueológicas que pertenciam às tinturarias da Real Fábrica dos Panos, uma importante manufactura de lanifícios, mandada construir, no século XVIII, pelo Marquês de Pombal.

Após duas campanhas de intervenção arqueológica e uma ampla investigação, seria criada a estrutura que daria lugar ao primeiro núcleo do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior, aberto ao público em 1996. Assim, as antigas edificações fabris localizadas na entrada Sul da Covilhã tornar-se-iam, quase naturalmente, não só uma solução lógica e de continuidade no que respeita à expansão física da Instituição, mas uma opção que viria a resultar num enorme benefício para a cidade, em termos urbanísticos e de impacto ambiental, através da recuperação de edifícios abandonados ou em ruínas que constituíam parte significativa do património industrial covilhanense, fazendo da Instituição um caso único na Universidade portuguesa.

Entre as propriedades mais emblemáticas, são de salientar o Convento de Santo António, no Pólo II, destinado à Reitoria, o palacete da Família Melo e Castro, os edifícios da Fábrica do Rato, da Fábrica dos Tapetes, da Fábrica do Moço, da Fábrica Paulo Oliveira, da Empresa Transformadora de Lãs, e da Capela de S. Martinho, monumento românico dos finais do século XII, classificado como Imóvel de Interesse Público e que apoia o serviço religioso da UBI. Foi ainda adquirida a antiga residência da Família Mendes Veiga, que hoje acolhe a Biblioteca Central da Universidade, após concretização do projecto de reconversão. Na década de 90, optar-se-ia por expandir a Universidade para o extremo Norte da cidade, junto à Ribeira da Carpinteira, onde viria a ser criado o Pólo IV. A UBI continua a crescer. Em 2004 terão início as obras de construção de Faculdade de Ciências da Saúde, no Pólo III, cumprindo-se, assim, o programa de instalação das infra-estruturas do curso de Medicina. Com um espaço físico que já atinge os 134.500 m2, a Universidade acolhe hoje mais de 5 mil alunos, distribuídos por 32 licenciaturas, 376 alunos de pós-graduação, 464 docentes e 408 funcionários.


Última Actualização: 18 NOV 2008 © Universidade da Beira Interior