Mestrado Integrado em
Engenharia Biomédica

O que é o Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica?

“A medicina hoje é também uma encruzilhada de tecnologias, e as escolas médicas são locais de eleição para o fomento desta fertilização cruzada, que os médicos já não conseguem fazer se permanecerem orgulhosamente sós. As escolas médicas têm que estar mergulhadas numa comunidade académica tecnologicamente diversificada e têm que recrutar profissionais não médicos de competências variadas.” H.Gil Ferreira, Vida Mundial, Maio 99.

A Engenharia Biomédica é uma especialidade que se tem vindo a desenvolver em todos os países desenvolvidos, sem excepção. A designação adoptada varia de país para país, sendo o termo ‘Engenharia Biomédica’ mais utilizado nos Estados Unidos. Na Europa, aparece não só o termo ‘Engenharia Biomédica’ nalguns países, mas também as designações ‘Engenharia Clínica’ e ‘Engenharia Hospitalar’, por vezes a coexistirem no mesmo país (por exemplo, no Reino Unido, algumas Universidades, adoptaram a designação ‘Engenharia Biomédica’ e, outras, a de ‘Engenharia Clínica’).

Segundo Bronzino ("The Biomedical Engineering Handbook", CRC Press, Boca Raton, 1995):
Os Engenheiros Biomédicos aplicam princípios de engenharias eléctrica, mecânica, química, óptica e outras engenharias para e compreender, modificar ou controlar sistemas biológicos (i.e. homem e animal), para além de projectar e manufacturar produtos que possam monitorizar funções fisiológicas, assistir no diagnóstico e tratamento de pacientes.

Saídas Profissionais 

Funções 

As funções de um engenheiro biomédico são de natureza bastante variada e incluem: 

  • funções dentro das unidades clínicas, nomeadamente nas vertentes – analítico-instrumental de apoio ao diagnóstico, vertente electrónica instrumental de manutenção da instrumentação, e, em casos particulares, na concepção e implementação de dispositivos de reabilitação; 

  • funções de caracterização e monitorização do ambiente hospitalar – assepsia das enfermarias e quartos, esterilidade dos blocos cirúrgicos e de urgência, que podem ser exercidas por “outsourcing“; 

  • funções de apoio à venda e utilização de material clínico, ou seja, funções de natureza técnico-comercial; 

  • funções de especificação, concepção e fabrico de próteses e dispositivos médicos (incluindo os aspectos respectivos à garantia de qualidade); 

  • funções de regulamentação e apoio ao nível dos organismos dependentes do Ministério da Saúde;

  • funções de investigação e desenvolvimento em centros académicos de investigação e nas empresas produtoras de material clínico. 

Estimativas de Empregabilidade 

Tendo em conta as funções acima identificadas, em princípio, as saídas profissionais envolvem: 

  • todas as unidades hospitalares de grande porte, que deverão ter vários profissionais deste tipo, tendo em vista a quantidade e a diversidade de funções que lhes estarão cometidas; 

  • os centros de saúde com um mínimo de material clínico, o que se passa neste momento com praticamente todos os centros de saúde dos concelhos portugueses; 

  • os centros de diagnóstico e de hemodiálise; 

  • as empresas representantes de material clínico; 

  • as fábricas de material hospitalar, de dispositivos médicos e de dispositivos de reabilitação – de próteses, membranas de hemodiálise, de “kits” de diagnóstico, de águas para uso clínico (soro fisiológico, hemodiálise, água bidestilada, etc.); 

  • os SUCH do Ministério da Saúde; 

  • as unidades de investigação biomédica.