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Dever-se-á promover o máximo de independência no âmbito das capacidades e limitações do aluno.

Dever-se-á sempre atender a que as necessidades inerentes a cada caso de deficiência variam consideravelmente (cada caso é um caso), requerendo uma solução especifica que lhe seja adequada.

Os estudantes e professores devem ter o cuidado de não criarem baixas expectativas, apenas com base na deficiência.

A incapacidade gerada pela deficiência provoca desvantagens face ao aluno que a não tem. A mobilização de recursos para o apoio ao aluno com deficiência não deverá ser considerado como um beneficio.

O apoio ao aluno com deficiência não deverá ser considerado como um trabalho exclusivo de um núcleo especifico, mas como um trabalho de todos. A sua colaboração é tambem um importante contributo.

Como apoiar um aluno com deficiência visual

Os dois maiores problemas com que um aluno com deficiência visual (aluno cego ou amblíope) se confronta são:

  • a mobilidade no campus;
  • o facto de a maior parte do material de estudo ser impresso (i. e., não estar disponível em braille, suporte digital ou em suporte audio).

A mobilidade no campus será facilitada se existirem caminhos de pouco risco e se o estudante tiver o apoio de um colega, ou utilizar uma bengala ou um cão treinado para se deslocar.

O material de estudo deverá ser fornecido sob a forma de textos em ampliado, textos em braille, textos e aulas gravadas (o que implica a utilização de cassetes e gravadores) ou textos em suporte digital, de acordo com as necessidades do aluno. Este poderá ainda precisar de utilizar auxiliares ópticos e equipamento informático adaptado, assim como de assistentes para trabalho de laboratório, e de apoio por parte do pessoal da biblioteca, nomeadamente para executar uma pesquisa bibliográfica.

O acesso com antecedência a listas de textos e livros para o curso é também importante devido ao possível atraso originado pelo uso de material de estudo especial, e pela transcrição de material de estudo em formato convencional (impresso a negro) para formatos alternativos (por exemplo, a transcrição de textos para audio, braille ou em suporte digital).

Durante as aulas, embora possa parecer redundante, é útil identificar os conteúdos de uma figura e descrever a imagem e a sua posição relativa a itens importantes.

Por vezes existe a tendencia para pensar que um estudante cego ou ambliope é um aluno sobredotado ou pelo contrário, possui um deficit cognitivo. A primeira ideia a reter é que estes alunos são pessoas vulgares.

As suas virtudes, aptidões e defeitos são coincidentes com as das outras pessoas.

É conveniente dar-se a conhecer quando se dirige a uma pessoa cega ou amblíope grave. Se não souber o seu nome, toque-lhe no braço levemente para que este saiba que a conversa é com ela. Depois de ter conversado deve informá-la de que se vai retirar. É extremamente desagradável continuar a falar com uma pessoa que já não se encontra perto.

Fale-lhe directamente e não por interposta pessoa; empregue um tom de voz natural e não pense que o aluno tem algum grau de surdez.

Não substitua as palavras "veja", "olhe" por expressões como "oiça", "apalpe" e "verifique".

Quando conduzir uma pessoa cega ou amblíope não procure com os seus movimentos erguê-la. Muitas pessoas preferem agarrar o braço do guia, mas isso nem sempre acontece. Por este motivo convêm perguntar qual a sua preferência.

Quando está a subir para um autocarro ou uma escada, coloque a mão do aluno no corrimão se ele estiver à sua procura. Quando estiver junto a degraus informe o aluno se estes são em sentido ascendente ou descendente. Nunca deve dizer quantos degraus vai subir ou descer, a menos que saiba a sua quantidade exacta, porque um erro de cálculo pode ocasionar acidentes graves. Informe apenas quando chegar ao ultimo degrau de que acabou a escada.

Ajude só na medida do necessário.

O docente deverá ter um comportamento o mais natural possível, não devendo super proteger o aluno, ou pelo contrário, ignora-lo.

O papel do professor assume importância primordial no que respeita à sensibilização que este poderá desenvolver junto dos outros colegas.

Como apoiar um aluno com deficiência auditiva

O problema principal destes alunos é a comunicação.

Os alunos com deficiências auditivas devem ficar sempre na primeira fila na sala de aulas sendo preferível o aluno utilizar um auxiliar acústico, quando possível, a amplificar o som da sala.

Há alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios, pelo que o professor e os colegas deverão falar o mais claro possível, evitando voltar-se de costas enquanto fala.

É extremamente difícil para estes alunos retirarem apontamentos escritos nas aulas durante a exposição oral da matéria, principalmente se para a "ouvir" tem de ler os movimentos dos lábios enquanto o docente a expõem.

É sempre útil fornecer uma cópia de meios visuais com antecedência, assim como uma lista da terminologia técnica utilizada na cadeira, para o aluno tomar conhecimento da terminologia e do conteúdo da aula a ser leccionada. Pode também justificar-se a utilização de um intérprete (uso de língua gestual).

Este estudante poderá necessitar de tempo extra para responder aos testes.

Com efeito, o texto apresentar-se-á ao aluno como tendo lacunas pela forma como podem ser colocadas as questões e pela utilização de terminologia técnica nem sempre dominada porque nem sempre é claramente ouvida. A utilização de terminologia própria e palavras chave de ligação podem eventualmente falhar, obrigando a um maior dispêndio de tempo na organização de ideias e reflexão sobre a resposta.

Também o recurso à língua gestual é mais limitada que a linguagem falada daí que esta seja uma das razões pelas quais o aluno pode sentir lacunas na compreensão do texto.

Os esclarecimentos por parte dos docentes podem passar despercebidos durante a realização da prova.

Assim, é importante que:

  • Os alunos ocupem sempre a primeira fila da sala de aulas;
  • Fale com naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz;
  • Evite estar em frente à janela ou outras fontes de luz pois o reflexo pode obstruir a visão;
  • Quando falar não bloqueie de algum modo a área à volta da boca (ex: não fume enquanto fala);
  • Evite falar quando está virado de costas para o aluno ou para a turma. Sempre que possível dirija a conversa ao aluno ou fale para a turma de frente para ele;
  • Quando utiliza o quadro ou outros materais de apoio audiovisual, primeiro exponha os materais e só depois explique ou vice-versa (ex: escreva o exercício no quadro ou no caderno e explique depois e não simultaneamente).
  • Se for utilizado um intérprete, dirija a conversa ao aluno;
  • Repita as questões ou comentários durante as discussões ou conversas e indique (por gestos) quem está a falar, para uma melhor compreensão por parte do aluno;
  • Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para assegurar que foram entendidas (ex: datas, terminologia, símbolos, etc);
  • O fornecimento com antecedências de cópias dos meios visuais a utilizar durante as aulas (ex: acetatos), uma lista de terminologia e apontamentos da cadeira serão apoios preciosos para o melhor acompanhamento das matérias por parte do aluno e facilita o trabalho do intérprete (quando presente);
  • Durante os exames o aluno deverá ocupar um lugar na fila da frente para melhor ouvir esclarecimentos do docente. Um pequeno toque no ombro do aluno poderá ser um bom sistema para lhe chamar a atenção antes de fazer um esclarecimento;

A disponibilização de algum tempo para o atendimento individual deste aluno durante o horário de atendimento do docente é uma boa estratégia para este melhor acompanhar a matéria.

Como apoiar um aluno com deficiência motora

O acesso físico é a preocupação fundamental no que diz respeito a estes estudantes, devido a dificuldades de locomoção ou ao uso de canadianas ou cadeira de rodas. Isto implica a existência, e aprendizagem, de percursos em que o aluno se possa movimentar mais facilmente de umas aulas para as outras, ou seja, em que não tenha de se defrontar com barreiras arquitectónicas.

Estes estudantes podem eventualmente atrasar-se ao deslocar-se de uma sala para outra, principalmente quando as aulas não são todas no mesmo complexo. Pode também haver a necessidade de se efectuarem alguns ajustes que permitam ao aluno frequentar aulas laboratoriais.

As aulas em laboratórios podem requerer alguns ajustes do material e local de trabalho (altura do balcão, mesa, cadeiras entre outros). Se estiver em posição de proporcionar estas modificações, trabalhe directamente com o aluno para criar um local o mais acessível possível, promovendo a participação do aluno em todas as tarefas.

Quando conversar com um estudante em cadeira de rodas lembre-se que é extremamente incómodo conversar com a cabeça levantada. Sente-se ou coloque-se ao lado da cadeira; lembre-se que uma pessoa sentada, tem um ângulo de visão diferente. Se lhe quiser mostrar qualquer coisa, baixe-se para que ela efectivamente a veja.

Na elaboração de viagens de estudo o aluno deverá assistir à selecção dos locais a visitar e à selecção dos meios de transporte.

Sempre que haja muita gente (corredores, bares, restaurantes) e estiver a ajudar um colega em cadeira de rodas avance a cadeira com prudência, o aluno poder-se-á sentir incomodado se magoar as outras pessoas.

            

 
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